segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nossa Maior Maldição!

O Éden era repleto de todas as espécies de árvores frutíferas que jamais se pode imaginar. Dentre elas, duas eram, cada uma a seu próprio modo, especiais. A árvore da Vida, da qual todo homem era convidado a comer. E a árvore do Conhecimento, à qual todo homem era alertado a evitar.
Ao invés da Vida de Deus, o homem preferiu o Conhecimento. A vida de Deus fala de dependência. O Conhecimento, por sua vez, fala de auto-suficiência. Era a oportunidade que o homem vislumbrava de dizer: “Eu sou bom, em mim mesmo. Posso andar com minhas próprias pernas. Sei como fazer. Sou insuperável! Conheço todo o bem e todo o mal. Sou como Deus! E se sou como Ele, não preciso dEle. Eu me basto!”
Mas essa não foi a escolha de um homem, ou uma mulher! Essa foi, como ainda tem sido, a escolha da humanidade!
A maior frustração humana é a de ter fracasso na sua empreitada de ser semelhante ao Altíssimo. “Uma ínfima partícula da Sua glória”, era o que ele desejava. E por mais que tivesse tentado, por meio de tanto esforço, estudo e até negociações e barganhas com Deus, o homem nunca conseguiu enxergá-la em si mesmo, embora a pudesse contemplar em seu próximo, quem, a seu ver, não era tão digno quanto ele mesmo o era.
A maldita síndrome de Lúcifer, acompanha a humanidade desde Adão, Caim, Jó, Mirian, José do Egito, Saul, Absalão, Jeremias, Amós, Jonas, Judas, até a mim, e a você, caro leitor. Enquanto trocamos a oportunidade de somar pela tentativa de usurpar os melhores lugares, a respeito do que nos alertou o Mestre dos mestres, ouviremos sempre a mais alta de todas as vozes nos lembrar: “A minha glória, a outro, não darei... embora sempre exaltarei, Eu mesmo, o meu poder, na fraqueza daqueles, de espírito quebrantado.”