sábado, 27 de fevereiro de 2010

Senhor, ensina-nos a orar...

Ensina-nos a orar, foi o pedido feito pelos discípulos a Jesus, certo dia, após terem esperado ele encerrar seu momento de comunhão com o Pai por meio da oração. Desse pedido nasceu uma das mais belas lições sobre relacionamento com Deus e vida piedosa. Jesus foi um excelente mestre. Ele mostrou o conteúdo básico que uma oração deveria conter:

“Ele lhes disse: "Quando vocês orarem, digam: "Pai! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano. Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todos os que nos devem. E não nos deixes cair em tentação". Lu 11.2-4

Em outras palavras, quando vocês orarem, reconheçam e reverenciem o caráter e a magnificência do Pai – Pai! Santificado seja o teu nome; submetam a sua vontade em vida à dele – Venha o teu Reino; apresentem diante dele as suas necessidades diárias – Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; apresentem-se como memorial de obediência e humildade, porque a desobediência é rebelião e idolatria, e quem nela vive não encontrará o favor do Pai – Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todos os que nos devem; e admitam e busquem a completa dependência de sua graça – E não nos deixes cair em tentação.

Depois disso, o mestre usou uma parábola de um homem que importunava seu amigo, um pai de família, à meia-noite, já deitado com seus filhos, pedindo três pães para servir a uma visita que lhe tinha chegado de surpresa. Eis aí outra grande lição:

“Eu lhes digo: Embora ele não se levante para dar-lhe o pão por ser seu amigo, por causa da sua importunação – ou persistência – se levantará e lhe dará tudo o que precisar”. Lc 11.8

Persistência é a palavra chave, agora. Jesus não só ensina os discípulos a orar, mas faz questão de ensiná-los também, que a oração deve ser uma constante na vida deles. Faz parte do pão diário. É algo em que eles deviam persistir em fazer. Mas, porque a lição da persistência era tão importante? Porque Jesus fez questão de incluir esse item na lição sobre oração? Penso que a resposta está na sequência do texto:

"Por isso lhes digo: Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!" Lu 11.9-13

Jesus faz entender que frequentemente alguns empecilhos seriam encontrados. Porém, não empecilhos à resposta das orações por parte de Deus, porque ele sempre tem disposição de responder – Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus. Então, os empecilhos seriam, na verdade, da nossa parte. E quais seriam eles? Em suma, as consequências de não estarmos cheios do Espírito Santo. Porque observem que depois de toda uma lição sobre oração, ou seja, de como devemos nos apresentar diante de Deus, de como devemos lhe apresentar nossas necessidades, etc., e depois de falar sobre persistência, Jesus diz: quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir! Ou seja, o propósito final de nossas orações é o enchimento do Espírito Santo, da plenitude de Deus! O que Jesus está dizendo é que nós pedimos, pedimos, buscamos, buscamos, ou seja, persistimos em oração, até que por meio desta comunhão com o Pai, passamos a pensar como ele. Obtemos a mente de Cristo, por meio do enchimento com o seu Espírito Santo. E o resultado disso, é que todas as portas na nossa mente, e mesmo as portas das situações externas a nós, são abertas, porque a nossa busca agora é totalmente de acordo com os propósitos do Pai, de modo que mesmo no silencio conseguimos ouvir as voz do Senhor. É como quando andamos muito com um amigo. É natural que agente passe a compartilhar idéias, pensamentos. Tornamos-nos cada vez mais afins! Exatamente assim acontece conosco e Deus. Por meio da comunhão nos tornamos cada vez mais parecidos com ele. Cada dia mais cheios do seu Espírito. Cada vez mais cientes e cúmplices da vontade e direção de Deus pra cada coisa, em cada situação. Deste modo, não apenas nos tornamos mais sábios e vitoriosos, mas também mais cheios de paz, apesar das intempéries da caminhada.

Que a nossa busca seja diária. Que vivamos nossos dias, dizendo ao Senhor, por meio da nossa persistência: “Senhor, ensina-nos a orar!” E que essa comunhão em oração nos supra dele, para que prostrados, vivamos por ele.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A prática do/para o crescimento

“Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da Salvação eterna para todos os que lhe obedecem.” Hb 5.7-9

Embora devamos viver com a consciência de que a nossa caminhada aqui, enquanto servos do Reino de Cristo, é mais importante do que o ponto de chegada, não podemos perder jamais o foco do propósito maior do nosso chamado, sob pena de invalidarmos todo o progresso ora alcançado, no processo da caminhada. Jesus, segundo o escritor aos hebreus, tornou-se o Autor da Salvação eterna para todos os que lhe obedecem por ter sido aperfeiçoado por meio de tudo que sofreu, ou passou, no processo de sua caminhada. O processo o aperfeiçoou, o amadureceu, para o cumprimento do seu chamado, a nossa salvação.

“sendo por Deus chamado sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.” Hb 5.10

O escritor da carta aos hebreus continua este quinto capítulo, e segue pelo sexto, advertindo os crentes sobre a necessidade da maturidade cristã, da continuidade do processo de crescimento na experiência na palavra da justiça. Mas um ponto muito importante é salientado no verso quatorze:

“Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.” Hb 5.14

O texto esclarece que o exercício de nossas faculdades para o discernimento do bem e do mal, é resultado direto de nossa prática na vida, conforme o que já havemos aprendido. Ou seja, o nosso crescimento está estreitamente ligado ao exercício prático do que já sabemos. O que significa dizer que a nossa parte no processo de santificação promovida por Deus em nós, ou na aquisição de autoridade, de poder, ou ainda, no crescimento em amor e piedade cristã, é a prática, é o exercício, é o serviço fundamentado na fé simples (6.1-3).
O escritor enfatiza ainda mais a fundamental importância do crescimento constante em maturidade cristã nos versos posteriores:

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-o à desonra.” Hb 6.4-6

É óbvio que este texto não está falando de salvação, senão teríamos de afirmar que o crente que perdesse a salvação jamais poderia tornar a ser salvo (“é impossível outra vez renová-los para arrependimento”). Mas de acordo com todo o contexto, o escritor da carta, falando a convertidos, chama a atenção para o risco de se pôr a perder todo um processo de maturidade, ao parar no caminho, posto que o desenvolvimento da fé dependa da prática dela. Sem o exercício da fé, o cristão estagnado jamais poderá ser restaurado, ou renovado ao arrependimento de sua omissão ao processo de seu próprio crescimento e maturidade, uma vez que é a prática da fé que resultará em fé. Assim como é o amor prático que resultará em mais amor. E a prática de serviço relevante ao Reino que resultará no crescimento de uma vida de poder.

“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e que acompanham a salvação, (...).” Hb 6.9

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nós somos o que nós comemos!

"Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim." (João 6 : 57)

Parece que o chavão “Nós somos o que nós comemos” é realmente imbuído de uma sabedoria celestial. Cheguei a essa conclusão a partir do texto acima transcrito, de João 6, o qual me impactou bastante essa semana. Uma verdade muito forte invadiu o meu coração, e me fez questionar: “Do que eu tenho me alimentado, de fato?”
Uma simples preposição pode fazer toda a diferença. A expressão “viverá por mim” ganhou um sentido mais amplo, na minha visão do texto. Quando Jesus diz que o Pai o havia enviado e que ele vivia pelo Pai, ele estava dizendo que vivia para, ou em função do Pai. Assim, quem dele se alimenta, não apenas acha nele força para continuar vivendo, como nosso corpo, que encontra energia para o funcionamento dos órgãos vitais, bem como para o movimento dos músculos, multiplicação e reposição das células, etc., no que comemos. Na verdade, o que Jesus diz com essas palavras é: “quem se alimenta de mim, viverá para mim”. Ou seja, nós vivemos para aquilo do que nos alimentamos. Ainda em outras palavras, nós vivemos em função daquilo que nós nos alimentamos. Daí a pergunta: “Do que eu tenho me alimentado, de fato?” Eu entendi que se eu vivo em função daquilo que eu me alimento, eu me torno idólatra, toda vez que escolho me alimentar de qualquer outra coisa que não seja o Senhor. Paulo falou aos filipenses:

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filipenses 4 : 8)

Portanto, se eu escolho ocupar a minha mente e encher o meu coração com qualquer coisa, seja música, seja programa de TV, seja literatura, jogos, conversações, etc., que não tenham base no cumprimento da justiça divina em Cristo Jesus, estarei me prostrando perante deuses estranhos, para viver em função deles. “Do que eu tenho me alimentado, de fato?” Eu não tenho conseguido reagir perante o pecado? Mas, “Do que eu tenho me alimentado, de fato?” Mais uma vez vale ressaltar: Nós vivemos em função daquilo que nós nos alimentamos.

“quem de mim se alimenta, também viverá por mim." (João 6 : 57b)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

To shade you!

Psalm 121 is a wonderful song for worship. There, the writer reveals a trace, of how God moves Himself toward us. The Psalmist seems to be in trouble. He looks for help. He seems to be in a valley, with the whole mountains around him completely taken. He has no way to escape. And then, only then, he appeals to the Lord.

I look to the hills! Where will I find help?
It will come from the Lord, who created the havens and the earth. (vs. 1-2)


And, are we not just like this? First, we try everything… But when we see things are out of our control, we surrender. Though God lets life happen naturally, He never stops using all things for our good. He is always in control. He never dozes, or get drowsy, no matter if during the day or by night.

The Lord is your protector, there at your right side to shade you from the sun. (v. 5)

It's great! We can trust He is not just looking at us, and doing nothing. He is not still there ready to leave us, as soon as we do wrong. We can always turn ourselves to Him. We can trust Him at all time, because the Lord is our protector.

The Lord will protect you now and always wherever you go. (v. 8)


Para te proteger!

Salmo 121 é uma maravilhosa canção de adoração. Lá, o escritor revela uma pista de como Deus se move em nossa direção. O Salmista parece estar em apuros. Ele procura por ajuda. Ele parece estar num vale, com as montanhas completamente tomadas ao redor. Ele não tem meios de escape. E então, só então, ele apela para o Senhor.

Eu olho para os montes! Onde encontrarei socorro?
O meu socorro virá do Senhor, que criou os céus e a terra. (vs. 1-2)


Nós não somos exatamente assim? Primeiro nós tentamos de tudo... E quando nós vemos que as coisas fugiram do nosso controle, nós nos rendemos. E embora Deus permita que a vida corra naturalmente, Ele nunca deixa de usar todas as coisas para o nosso bem. Ele está sempre no controle. Ele nunca cochila, nem mesmo fica sonolento, seja de dia ou de noite.

O Senhor é o seu protetor, à sua direita, te cobrindo do sol. (v. 5)

Que maravilha! Nós podemos confiar que Ele não está apenas nos olhando, sem fazer nada. Ele não está lá, pronto para nos abandonar, assim que fizermos algo de errado. Nós sempre podemos nos voltar para Ele. Nós podemos confiar nele em todo o tempo, porque o Senhor é o nosso protetor.

O Senhor te protegerá agora e para sempre, onde quer que você vá. (v. 8)