Um
em cada quatro brasileiros é protestante. |
Segunda matéria da Cristianismo Hoje,
20/10/2011, o número de cristãos evangélicos no Brasil pode ser mais do que as
estatísticas oficiais apontam. Ao invés de 20,2% da população brasileira, ou
seja, menos de 40 milhões de pessoas, já seriam 51,1 milhões. O Departamento de
Pesquisas da Sepal (Servindo Pastores e Líderes) e o Ministério Apoio com
Informação (MAI), ainda pontuam que baseado no crescimento que os crentes
tiveram nas últimas décadas, sobretudo a de 1990, a população brasileira poderá
ser composta de metade protestante em 2020, no caso de se manter a atual média
de crescimento. Esta projeção parte de dados do IBGE, onde a taxa de
crescimento evangélico no Brasil aparece em cerca de 7,4% ao ano, taxa esta 3
vezes maior que a de crescimento da população do país.
Porém, embora as projeções encantem alguns, elas não passam
de projeções mesmo. Vários fatores podem se modificar ao longo da jornada, de
modo que os números sofram variações novamente. Inclusive fortes reações de
seguimentos que vêm perdendo fiéis, a exemplo do congresso do movimento
católico Ágape, que é predominantemente composto de jovens, realizado neste final
de semana na cidade de Tobias Barreto/Se.
Outro possível fator de transformações dessas projeções pode
ser uma tendência natural de estabilização das taxas de crescimento ao longo
dos anos. Essa tendência pode ser notada no crescimento entre os pentecostais,
que hoje são 12% da população total, apesar do crescimento entre os protestantes
históricos, que antes eram 5,39% da população e hoje são 7,47%. O que se
questiona nesta contagem, é a colocação das inúmeras classificações batistas
entre os históricos, sendo que a maioria deles deveria estar entre os
pentecostais; e a Universal do Reino de Deus e as Testemunhas de Jeová entre os
pentecostais, posto serem essas duas seitas consideradas pela maioria como pseudo-evangélicos.
A matéria da Cristianismo Hoje também ressalva a previsão de
alguns especialistas que está se concretizando. É a tendência de muitos que já
são evangélicos migrarem para as denominações históricas (Presbiterianos,
Batistas, Luteranos, Anglicanos e Metodistas), conhecidas pelo ensino bíblico
mais profundo e pela organização eclesiástica que favorece maior participação
dos membros, inclusive em termos administrativos. A principal razão é o
crescimento econômico e as melhores condições sociais e educacionais no Brasil.