“Mas o anjo lhe disse: “Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus! Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim”. Perguntou Maria ao anjo: “Como acontecerá isso se sou virgem? O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado Santo, Filho de Deus.”” Lucas 1: 30-35
“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (...). Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido”. João 1: 14, 18
É muito comum, especialmente nesta época de final de ano, as pessoas se referirem a Jesus como o menino Deus. Da mesma forma, é muito comum ver os cristãos evangélicos criticarem o uso desta expressão. Na visão de muitos de nós, essa expressão menospreza ou limita o Cristo de Deus, que viveu seu ministério, e que morreu e ressuscitou já como um homem adulto. Porém, não se pode negar que embora ele nunca tenha deixado de ser como uma criança, o adulto Jesus, que também era Deus, foi, pelo amor do Pai, o menino Jesus. Deus, que se fez menino.
Essa forma de Deus se manifestar a nós é de uma riqueza inestimável. Jesus efetivamente viveu como criança. Mesmo quando se tornou adulto. E nos alertou de que fizéssemos o mesmo. Certo dia, os discípulos se acharam discutindo sobre quem era o maior no Reino de Deus. Jesus, em Mateus 18, “chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: “Eu lhes asseguro que, a menos que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entraram no Reino dos céus”.” O Reino era chegado em Jesus, e embora o Reino de Deus esteja sobre tudo e todos, somente os que se convertessem, assim como o é hoje, a uma vida de criança, poderiam ser servos dele. O adulto é crescido, é entendido, é suficientemente experimentado, tem seus direitos adquiridos para ir e vir. A criança, por mais crescido que seja, tem sempre mais o que crescer, é um eterno aprendiz da vida, nunca é experimentada o suficiente, e seu grande privilégio é sua eterna dependência dos cuidados e da direção do maravilhoso Pai de amor, e de seus irmãos.
“Portando, quem se faz humilde como essa criança, este é o maior do Reino dos céus”. Mt 18. 4
Penso que esse deva ser o nosso grande desafio diário... e em qualquer época do ano... descobrir, redescobrir, aprender, reaprender, dia a dia, a ser humilde. Penso que essa foi a grande lição do menino Jesus. De Deus, que se fez menino. Deus, que se limitou, se contendo em forma de um menino. Deus, que se humilhou a si mesmo. E com um único objetivo, como se vê em Mateus 20:28:
“como o Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
Apenas na humildade se acha o amor não fingido, não interesseiro. A disposição de aprender, ainda que já seja um professor. A inclinação para perdoar, parar liberar em amor, ou acolher sem reservas. Apenas na humildade pode-se ser como o Cristo de Deus foi... e apenas assim, o mundo pode ver sua luz brilhar por meio de nós.
“Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos”. Marcos 9:35
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