“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação, preparada para se revelar no último tempo.” 1Pe 1.3-5
O Apóstolo Pedro anima os irmãos sob perseguição, lembrando-os de seu resgate, pela misericórdia de Deus Pai, por meio da ressurreição de Jesus Cristo, para uma viva esperança, uma herança que a nada poderia ser comparada, e que seria revelada, ou manifesta em sua plenitude, no último tempo. Cada um deles, ensina o apóstolo, está guardado pelo poder de Deus, para esta salvação, mediante a fé. Mas você conseguiu perceber? Os irmãos estavam sob perseguição, naqueles dias, e Pedro tentava animá-los com uma promessa, que embora fosse certa, só desfrutariam no último tempo. E talvez se nós fôssemos esses irmãos a nossa pergunta fosse: “E quanto tempo mais teremos que agüentar, até que o último tempo chegue? Porque nós estamos sob perseguição agora!” Na verdade, algumas lições são tão difíceis de serem aprendidas! Nós aprendemos fácil, fácil que o Senhor é o nosso pastor. Mas dificilmente lembramos que este mesmo pastor, embora nunca nos deixe não nos poupa de passarmos pelo vale da sombra da morte.
E Pedro continua:
“Nisto exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo que apurado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo, a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” 1Pe 1.6-9
Provavelmente a razão de tanta ansiedade para vivermos o paraíso hoje, de tanto imediatismo, de tanta gente que só prega vitória, cura só se “for agora”, etc., seja pelo fato de não entendermos a razão das provações. Bem verdade que o próprio termo não ajuda! Porque quando Deus – ou a vida – nos submete a provações, como aconteceu com Jó, Abraão, José, Davi, Paulo, João, e tantos outros, o Senhor não está testando-nos, com o propósito de conhecer o nosso coração, como se isso fosse algum mistério pra ele. Mas, como exemplificou o Apóstolo Pedro, Deus está submetendo o nosso coração ao fogo, para a purificação de toda impureza, a fim de enobrecê-lo! O próprio Jesus passou por vários sofrimentos e provações, aprendeu, cresceu com todas elas. Mas com certeza a maior de todas foi a própria cruz. Porém, é claro, Jesus não precisava ser purificado de nada. Mas na cruz, Jesus éramos “nós”. E nós, não estávamos sendo avaliados. Nós estávamos sendo redimidos, para nos tornarmos herdeiros da viva esperança. Hoje, no entanto, até que chegue o tempo da salvação plena, o último tempo, as provações vão servindo como ferramentas, nos quebrantando e nos limpando, de modo que a nossa fé vai se tornando mais pura e simples, a nossa alma mais salva, mais liberta, e o Senhor Jesus mais revelado, mais conhecido, mais glorificado e honrado, hoje, em/e através de nós.
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