E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito. 2Co 3.18
Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. Cl 2.6-7
Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. 2Co 7.1
Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Hb 12.14
Ao pé da letra, ser santo é ser separado. E biblicamente falando, ser santo é ser separado por e/ou para Deus. A separação de Deus é a conseqüência direta da presença do pecado. Portanto, a santificação é o processo de eliminação desse impedimento. O primeiro passo desse processo é judicial. É a chamada "santificação posicional". Quando o crente é definitivamente liberto da condenação eterna, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo (Hb 10.10; 1Co 1.2; 6.11), tornando-se assim, "herdeiro da justiça por meio da fé" (Hb 11.7; Ef 2.8). O segundo momento do processo de santificação é chamado de "santificação prática", que é a projeção externa da nova posição do crente. Neste momento, todo filho autêntico é convocado a manifestar os resultados da transformação que o Pai está efetuado nele por meio do Espírito Santo. A atitude do filho de andar conforme o Pai resultará em maior identificação com o Pai a cada dia, isto é, resultará em maior predisposição e inclinação para a justiça, ou para uma vida de amor prático, à semelhança de Jesus (Cl 3.8-10; Hb 12.10). O terceiro e último estágio é chamado de "glorificação", quando seremos completamente transformados à semelhança do Senhor Jesus, na sua vinda. Somente com a glorificação o crente experimentará a santificação plena, quando então a tentação não mais existirá, nem a susceptividade ao pecado. (Ef 5.25-27; 1Jo 3.2; 1Co 15.51-53).
A santificação é um trabalho de Deus, mas também é uma escolha nossa. Somos ativos no processo, visto que podemos nos aplicar ao trabalho do Senhor em nós, ou podemos ser negligentes a ele. Paulo escrevendo aos Romanos, no capítulo 12 verso primeiro, os instrui a se "oferecerem" a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável. Em outras palavras, Paulo instruía aos crentes a se submeterem voluntariamente aos processos de Deus para a vida deles. No verso seguinte ele ensina como essa entrega se configura, na prática: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".
Em resumo, Deus por meio do Espírito Santo é quem executa a santificação nos crentes. Mas esse processo se dá em nós através do exercício da fé. E o termo "exercício" não é casual! Tiago em sua carta diz que "a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta" (Tg 2.17). Portanto, assim como em um momento específico recebemos Jesus por meio da fé, em fé devemos andar nele (Cl 2.6-7). E isso implica em andar em oração (Lc 18.1; Mt 6.5-13; Tg 5.16), em leitura e estudo da Palavra (Mt 4.4; Jo 8.31; Jo 17.17; Rm 10.17), e na comunhão com os santos, a Igreja de Jesus Cristo (Mt 16.18; 1Co 1.1-2; Ef 4.1-13; Hb 10.25).
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