“Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo.” Jo 17.15-18
Horas antes da crucificação, Jesus conversa com seus discípulos dando-lhes instruções de vida, falando-lhes também, sobre sua partida, sobre o envio do Ajudador, e encerra esse momento com uma oração ao Pai, que hoje é conhecida como a “oração sacerdotal de Jesus”. Ele orou por seus discípulos. Os da sua época, e os que viriam depois deles. Da oração de Jesus, os três versículos acima citados, neste momento, me prendem a atenção de modo especial. A partir deles aprendo, pelo menos, as seguintes lições:
• Não somos do mundo.
• Somos santificados do mundo pela Palavra.
• Somos enviados ao mundo.
A primeira frase desses versos é impactante: “Não rogo que os tires do mundo”. Jesus tinha uma cumplicidade tão grande com o Pai, que, apesar de amar profundamente os seus discípulos, e sabendo que continuando no mundo eles sofreriam aflições, por amor ao mundo, não pediu ao Pai que os tirasse do mundo, antes, que no mundo, eles fossem protegidos do Mal (Jo 16.33; 3.16). Para Jesus estava claro que ele não era do mundo e, portanto, que os seus seguidores também não eram. Porque embora Deus tenha amado o mundo de uma maneira tamanha, e por isso tenha escolhido não condenar o mundo, a sua atitude também não foi de condescendência com o sistema do mundo. Deus veio em Jesus, para salvar o mundo do seu estado de perdição (Jo 3.17). Não somos do mundo, embora estejamos no mundo. O apóstolo João ressaltou essa diferença entre ser do mundo e estar no mundo, através do texto: “Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1Jo 2.15) O amor do Pai, vivo, dentro de nossos corações, é a prova de que não amamos o sistema do mundo e os seus atrativos. Jesus, sábio senhor de seus discípulos, mais uma vez apela para o Pai: “que os protejas do Maligno”. Jesus sabe que embora não sejamos do mundo, no mundo, não permaneceríamos santos, separados do mundo, senão pela graça do Pai, que nos santifica por sua palavra. É a transformação da nossa mente pela palavra que nos faz viver segundo a vontade de Deus no mundo. Livres das cadeias do Maligno sobre as nossas mentes e corações; sobre as nossas idéias e emoções. É o amor de Deus, constantemente renovado em nossos corações pela palavra, que nos permitirá vivermos no mundo, não como do mundo, mas como enviados ao mundo. Porque Deus enviou Jesus ao mundo, para salvar o mundo (Jo 3.16-17). E Jesus, por sua vez, assim como o Pai o enviou, nos enviou também. O mundo precisa de luz. Minha casa precisa de luz. Minha escola precisa de luz. Meu trabalho precisa de luz. Meus amigos precisam de luz. O mundo clama desesperadamente por luz. E Jesus nos envia, para que todo aquele que nele creia, não continue morrendo em seus pecados, mas encontre a vida eterna.
“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mt 5.14-16
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