quarta-feira, 25 de maio de 2011

A manifestação do reino de Deus

“Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de [entre] vós.” Lc 17.20-21

Num momento de questionamento por parte dos fariseus quanto ao tempo em que viria o reino de Deus, Jesus confronta suas perspectivas da manifestação plena do reino como algo imediato, ou próximo – no sentido de acontecer dali a um breve tempo. Porém, ele declarou que o reino de Deus já estava entre eles. Isso parece um contrassenso, considerando Mateus 10.7, segundo algumas versões que o traduzem dizendo que o reino está próximo, se nós não considerarmos que essa proximidade não se refere a tempo, mas a acessibilidade. Ou seja, o reino de Deus é, de fato, uma realidade acessível, disponível para todos, embora sua manifestação plena ainda não tenha acontecido (“pois, assim como o relâmpago, fuzilando em uma extremidade do céu, ilumina até a outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.” Lc 17.24). Na conversa com a samaritana, à beira do poço de Jacó, Jesus falou-lhe que o tempo de adorar ao Pai em espírito e em verdade, era de fato, chegado (Jo 4.23), e depois de um belo diálogo com certo escriba sobre o maior dos mandamentos, declarou-lhe: “Não estás longe do reino de Deus” (Mc 12.34). Portanto, o reino de Deus está aí. Ele é uma realidade já. E cada pessoa na face da terra pode simplesmente vivenciá-lo, adorando ao Pai em espírito e em verdade, ou pode viver aquém dele. Essa mensagem foi pregada sistematicamente, pelo Senhor Jesus. “Assim como nos dias de Noé...”; “Assim como nos dias de Ló...”, “Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado.” As pessoas estarão distraídas em seus próprios negócios, buscando seus próprios interesses e a satisfação de seus prazeres mais contradizentes e obscuros. Alheias ao amor de Deus e ao sentido de ser de si mesmas (Lc 17.26-30). Mas não superestimem as coisas que passam, alertou o bom Senhor. Não voltem atrás, após terem conhecido do reino de Deus. “Lembrai-vos da mulher de Ló.” Pois “qualquer que procurar preservar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, conservá-la-á” (Lc 17.31-33). Também pegar carona na espiritualidade do outro não vai funcionar! O chamado ao reino de Deus é universal, mas só se concretiza individualmente a partir de uma resposta dada por cada indivíduo. Cada homem e mulher são convidados a participar do reino de Deus. Mas o não compromisso pessoal com o reino será contado como rejeição a ele, e os tais que assim estiverem vivendo ficaram de fora (Lc 17.34-36), para que sobre estes venha o juízo (Lc 17.36). Portanto, a única forma de vivermos as maravilhas do reino de Deus em sua expressão plena no futuro, é submetendo-nos a ele no presente. O que não é nenhuma perda! Antes, é a manifestação da “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2) para cada um de nós. Tomara todos oremos todos os dias, de coração e com verdade: “venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).

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