terça-feira, 29 de março de 2011

As obras que Deus requer

Certa vez Jesus e seus discípulos se viram cercados por uma multidão de cinco mil homens, em média, fora mulheres e crianças, e questionando Jesus a Filipe acerca de onde achariam comida pra tanta gente, Felipe respondeu prontamente que nem o salário de duzentos dias de trabalho pesado seria suficiente para comprar comida para tanta gente (Jo. 6.1-7). André, irmão de Pedro, anunciou que um rapaz tinha cinco pães e dois peixes, “mas o que é isso para tanta gente?”, disse ele. Jesus, porém, não compactuou com a visão de André (Jo. 6.8-12). A intenção não é a de criticar André. Antes, é a de nos identificarmos com ele. Nós somos André. Nós frequentemente olhamos para as necessidades e comparamo-las ao que podemos fazer e então surge a questão: O que podemos fazer para realizar as obras que Deus requer? Nossas forças são poucas, nossas condições limitadas, nosso tempo escasso, meu marido não reage a tantas investidas de amor e tanta oração, os meus filhos nunca obedecem, ou retrocedem de seus maus caminhos, aquele irmão nunca amadurece, as minhas fraquezas pessoais parecem fantasmas que nunca vão embora. Tudo parece inútil. O que podemos fazer para realizar as obras que Deus requer?

“Jesus respondeu: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”.” João 6.29

A solução parece ser a boa e velha receita. A receita do pão da vida. Quando nos concentramos nos problemas nos alimentamos deles. E eles passam a ser nossa fonte de vida – ou de morte. Quando, porém, os nossos olhos permanecem fitos em Jesus, o enviado de Deus, a nossa fé se renova nele. “Crer naquele que ele enviou”, é a solução. Por mais que não admitamos, a nossa fraqueza real está em não crermos em Jesus, no seu poder, ou nas suas intenções a nosso respeito. Não confiamos em seu amor. Não enxergamos sua graça, e por meio de sua graça, e então nos perdemos. Quando os nossos olhos se voltam para Jesus, lembramos que o milagre não é feito pelo instrumento, mas por quem o maneja. A confiança de nos colocarmos diante dele com o pouco que temos, é tudo que o Pai espera. Essa é a obra dele. É acreditarmos que o seu enviado, ainda que por meio de tão pouco que podemos apresentar, “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o seu poder que opera em nós” (Ef. 3.20).

A Ele a glória. Sempre!

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