sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma Viva Esperança

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz perseverança, e a perseverança, experiência, e a experiência, esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Rm 5:1-5

Justificados pela fé! Não por mérito. Não porque fizemos ou fazemos algo que nos faça merecedores. Não porque não tenhamos feito, ou porque jamais faremos algo pelo que possamos ser acusados de culpa. Mas pelo “simples” fato de crermos. Mas crer no quê? Crer na própria justificação. Na isenção da culpa. Não porque o Juiz tenha dispensado o exercício da justiça. Mas por ter ele exercido a justiça sobre si mesmo! Por ter oferecido a sua condição de justo a nós, para assumir sobre si mesmo, a nossa posição de injusto. A nossa culpa. A que preço? Graça!
Não é nada simples ter essa fé. Não é nada fácil acreditar que alguém pudesse escolher agir com uma voluntariedade tão infinitamente superior a qualquer atitude mais nobre que jamais pudéssemos ter. A magnitude desta graça é tão impactante que nos rouba a paz. E somente quando recebemos, por meio da fé, resultante da própria graça, a revelação de si mesma, é que podemos experimentar a paz que dela advém.
Os que encontram paz com Deus não vivem mais em função do hoje. Mas vivem em função do amanhã. Do maravilhoso dia do Senhor. Dia da manifestação da Sua glória. E por não estarem mais focados no agora, encontram significado mais nobre nas tribulações. É como se eles as pudessem contemplar de cima para baixo. O quadro é mais amplo. A tribulação, seja ela um problema familiar, problema de relacionamentos, ou mesmo uma fraqueza pessoal, é sempre uma ferramenta. Um instrumento nas mãos daquele que nos escolheu para a justificação. Um meio para nos fazer chegar naquele dia, na forma em que Ele quer que cheguemos. Esta compreensão gera a perseverança. A gana de continuar remando contra a maré. A paciência de recomeçar quantas vezes seja necessário, porque o perdão nos foi dado, por meio de Jesus Cristo, para ontem, para hoje e para amanhã. Foi dado, sem que tivesse sido perguntado o tamanho do delito, ou a gravidade da culpa. A paz, que a graça nos traz nos condiciona a continuarmos acreditando na justificação, apesar da tribulação de pensamentos, sentimentos ou emoções, de modo a nos tornarmos, não cauterizados de mente, mas gratamente experimentados, calejados do caminho que o seu autor o diz ser Ele mesmo. É uma maturidade que nos faz vivenciar a eternidade. Embora ela se manifeste ainda como uma esperança. Uma esperança certa. Viva. Esperança que tem como combustível a voz do próprio Espírito de Deus, insistentemente nos lembrando de que somos dele.

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