quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Whitefield - Um exemplo a ser seguido!




George Whitefield (1714-1770) foi o caçulo dentre os sete filhos de Thomas e Elizabeth Whitefield. Thomas era dono de um hotel chamado Bell Inn em Gloucester, Inglaterra. Era o maior da cidade. Em um dos seus auditórios, freqüentemente se exibiam peças teatrais. Ali, George teve a oportunidade de, embora ainda muito novo, tornar bastante perceptível seu incrível talento para a dramatização e a oratória. Ele não apenas lia constantemente várias peças teatrais, como sempre faltava a escola para ensaiá-las.
Com a morte de Thomas e um segundo casamento mal sucedido para Elizabeth, George e sua família tiveram que enfrentar a completa falência. Elizabeth sempre teve bastante admiração pelo talento de George, e o fez continuar estudando enquanto seus outros seis filhos trabalhavam para o sustento da casa.
Aos 17 anos de idade, George Whitefield e sua mãe conseguiram, apesar da difícil condição financeira, realizar o sonho de ingressar na Universidade de Oxford. Ele precisou se submeter a ir como “servidor” para conseguir estudar. O servidor era um aluno que lavava as roupas, lustrava os sapatos e fazias diversos serviços para outros dois ou três alunos endinheirados. Ele vestia roupas doadas por esses mesmos alunos, bem como dependia de qualquer dinheiro que deles ganhava.
George sempre foi extremamente esforçado, e desde cedo, buscava fazer boas obras para ser merecedor do favor de Deus. Seu esforço chamou a atenção de membros de um pequeno grupo que viria a ser chamado de Clube Santo. Na ocasião, eles eram apontados pejorativamente como metodistas, pela sua conduta moral e religiosa, tida como bastante rígida. George se tornou um deles e a sua busca por Deus se intensificou ainda mais. Certo dia, ele encontrou um antigo livro – A Vida de Deus na Alma do Homem – de um escocês chamado Rev. Henry Scougal. Com esta leitura, ele aprendeu sobre a ineficiência das obras quanto à salvação, e a grandeza da graça e da salvação pela fé. A partir de então, sua espiritualidade se intensificou ainda mais. No entanto, o objetivo não era mais se fazer merecedor do favor do Senhor, mas era se manter focado no seu serviço ao seu Mestre e Salvador.
Mesmo depois da sua ordenação, George não foi muito bem visto por causa da sua postura teológica e seu discurso um tanto quanto profético, contra alguns clérigos, pelos quais ele orava para que experimentassem o novo nascimento. Sem espaço para pregar nas igrejas, ele começou a pregar nas ruas. Seus discursos eram de um conteúdo teológico simples, porém suas habilidades oratórias e o modo como conseguia dramatizar seus sermões arrebatava a atenção de todos. George fazia uso de seu incrível talento enquanto ator e, com uma forte linguagem corporal, com uma emoção explosiva, arrancava lagrimas e provocava a conversão de milhares de pessoas num único sermão. David Garrick, um ator inglês, chegou a dizer: "Eu daria cem guineas (moeda inglesa da época – equivalente a mais de uma libra moderna) se eu pudesse dizer "Oh" como o Sr. Whitefield!" George Whitefield chegou a pregar para uma multidão de até 23.000 pessoas. Ele não apenas provocava emoção aos ouvintes, mas arrebatava-lhes a atenção e conduzia-os por uma viagem de auto-avaliação e arrependimento. Ele foi um dos estopins do Grande Avivamento do século VXIII. Um homem com uma história de devoção fascinante. Um dos heróis da fé mais admiráveis. Um homem que descobriu os seus talentos, que os desenvolveu, e os disponibilizou como recursos para a manifestação de Deus, pelo Espírito Santo, para impactar a sua geração e fazer história.


Nenhum comentário:

Postar um comentário