segunda-feira, 9 de março de 2009

Não é bom que o homem esteja só!

“Não é bom que o homem esteja só”, disse Deus em relação ao primeiro homem. E quem não concordaria com Ele!!! Embora a solitude seja, inclusive, uma necessidade de todo ser humano, a solidão não lhe acrescenta em nada. Pelo contrário, só lhe adoece. Jesus, horas antes de ser preso, nos deu uma bela demonstração disso: “Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. (Mateus 26:36-39) Apesar da necessidade de meditação, de “conversar um pouco com os seus próprios botões”, de ponderar, longe das vozes mais comuns do seu dia-a-dia, a respeito do que ele haveria de enfrentar, Jesus não desejou a solidão. Ele convidou os seus três amigos mais chegados para estarem com ele naquele momento tão íntimo e doloroso, embora necessitasse de uma breve distância mesmo deles: “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando...”.
Sim, a solitude contribui para a saúde emocional do homem. Mas a solidão lhe adoece, posto que ela seja uma traição à sua natureza. Fomos feitos à imagem e semelhando de Deus, e Ele, nunca esteve só. “Façamos”, disse Ele (Gênesis 1:26a). A trindade, união perfeita dos três iguais, era, como sempre foi, e sempre será! Em Gênesis 1:2, “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Em João 1:14, a Palavra tornou-se carne, viveu entre nós, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai. A mesma Palavra que no versículo primeiro deste mesmo capítulo, estava no princípio com Deus, e era Deus. Não, à semelhança de Deus, “não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e o corresponda” (Gênesis 2:18).
Daí nasce algumas questões. Das quais:

Como encontrar esse alguém?
Devo agir, ou esperar que Deus me traga?
Como discernir qual a pessoa da vontade de Deus pra mim?

Em Romanos 12:2, Paulo diz que a vontade de Deus é sempre boa, perfeita e agradável. Mas, somente quando temos a nossa mente ou entendimento transformados, em relação ao sistema do mundo, é que podemos experimentá-la. É fundamental que andemos segundo os princípios de Deus para que possamos fazer as melhores escolhas, de modo a alcançarmos a nossa “boa, agradável e perfeita”!
Então, quais os princípios de Deus, em termos de relacionamentos? Ora, o único em termos de qualquer coisa na vida:

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. (Mateus 22:37-40)

Em 1Coríntios 16:14, Paulo fala: “Todas as vossas coisas sejam feitas com amor”. Isto é, a força motora de todas as nossas atitudes, expectativas e relacionamentos, deve ser o amor. Mas, como posso entender o que é o amor? Talvez esta frase te faça pensar na resposta:

“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres.” (Mateus 26:39)

Ou seja, o princípio do amor não é um sentimento. O amor é antes de tudo, uma escolha de atitude. Um culto racional. O sentimento é o resultado disso tudo.

“Como vocês querem que os homens lhes façam, façam também vocês a eles.” (Lucas 6:31)

Portanto, antes de começar qualquer relacionamento, eu devo pensar: “Estou disposto a amá-la como eu gostaria de ser amado?” Este é o primeiro passo a ser observado.
Um segundo está no fato de que o propósito de Deus foi que o homem tivesse uma “adjutora”, ou seja, não alguém que estivesse abaixo ou acima, mas do lado do homem. Alguém que pudesse sonhar para construir na vida, com ele, e com quem ele pudesse sonhar, também. Não é uma questão de abrir mão da própria vida para viver em função da vida do outro, mas uma somatória, de modo que os dois se tornem um.
E por último, é necessário ter a confiança de que Deus é Deus, e não homem. Muitas vezes detectamos alguma compatibilidade de sonhos, projetos, ministérios e sentimentos, mas ainda decidimos ficar orando, para Deus falar se é a vontade dEle ou não! Ora, não é que Deus não tenha interesse na nossa vida sentimental. Sem dúvida Ele tem. Mas se eu não sou capaz de escolher com quem eu quero passar o resto da minha vida, é porque eu ainda não estou suficientemente adulto para casar. E a uma criança, Ele, como um pai zeloso, não vai mandar casar. Porém, se eu já sou suficientemente adulto, então Ele nem vai precisar falar. Eu terei a maturidade suficiente para discernir as situações e fazer escolhas.
Quanto à vontade dEle, a vontade é dEle, e Ele é Deus, “poderoso para fazer infinitamente mais, além do que tudo aquilo que pedimos ou pensamos, pelo seu poder que opera em nós” (Efésios 3:20). Se a vontade é dEle, Ele é que tem que se preocupar em cumpri-la. A mim, basta apenas confiar, e caminhar, na tranqüilidade de que aquEle que quer me ver crescer, é o mesmo que cuida de mim.

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